quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Breaking love - A Carta

Alicerdes de silêncio. Foi tudo o que restou. A solidão ecoa aplenos pulmões nesta sala de quatro paredes que eu um dia considerei ser a minha alma. Vazia. Desde o dia em que a tua ausência se fez notar, foi assim que ficou. Nas prateleiras do meu quarto onde eu encostava todos os dias a pensar em ti, ficaram apenas as recordações que atirei para o fundo da gaveta onde guardo as desilusões. Os sonhos que tinha levaste-os contigo. Desde então, deixei de sonhar, agarrei-me á realidade como se fosse a tábua de salvação nesta tempestade de devaneios em que a escuridão cada vez mais me completa e os sonhos se afogam. Finjo ser a voz e, em segredo digo apenas o que quero ouvir "sai da minha cabeça".
Cada vez que te vejo fujo e viro costas á esquina onde os nossos caminhos se cruzam. Tento não esculpir a saudade que guardo comigo e renego. Quebro todos os sorrisos e seco todas as lágrimas, pois tu não as mereces.
Hoje foi o primeiro dia que te consegui entender depois de tudo o que aconteceu. Quando fui falar contigo, ainda etava com esperanças que conseguissemos voltar, mas quando olhei para ti , automáticamente vi o teu coração. Nele vi que já não havia mais nada. Mas não te preocupes, eu vou ultrapassar isto!! Já passei por coisas bem piores. As pessoas perguntam se eu te odeio...mas eu não sei responder porque é tudo muito confuso, afinal não se pode ter dois sentimentos opostos num só coração.
Quando me contaram aquelas cenas todas , eu juro que se te visse esmagava-te, mas agora passado algumas semanas, pensei... e acho que teria sido uma perda de tempo.
Eu sei que tive culpa nesta separação mas nada justifica o que fizeste.
Eu passo para o papel o que sinto, porque sinto-me mais aliviada fazendo-o. É claro que nunca vais ler esta carta. Na verdade nem sei qual será o seu destino. Se nunca mais os nossos corações se unirem nesta vida eu desejo-te as maiores felicidades (é sincero) e que não voltes a magoar nenhuma rapariga como fizeste comigo.
Apesar de tudo eu não te quero mal até porque ainda gosto de ti e quero que sejas mesmo muito feliz seja lá com quem for. Seria egocêntrico da minha parte se não quisesse que tu fosses feliz.
Talvez um dia os nossos corações voltem a encontrar-se (o que eu duvido muito mas..). O destino é uma ironia, nunca se sabe!!
Agora despeço-me porque já não tenho mais nada a dizer a não ser "até qualquer dia". Pois para mim as despedidas não existem..nunca se sabe o dia de amanha.

P.S. Espero nunca mais voltar a escrever uma carta destas (triste). Apartir deste momento as nossas vidas seguem rumos diferentes, cada um para o seu lado.
Sê feliz

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